sábado, 2 de julho de 2016

O ciclo da vida: mitose e meiose em poucas palavras.




Neste exato momento enquanto estou escrevendo passa meu cachorro na sala. Enxergo dois olhos, um nariz e uma barriga (bem gorducha). Meu cachorro é muito parecido a mim; o universo é bem parecido a mim. "O nitrogênio em nosso DNA. O cálcio em nossos dentes. O ferro em nosso sangue. O carbono em nossas tortas de maçã. Fomos criados no interior de estrelas em colapso. Somos feitos do mesmo material das estrelas". Nesta frase, Carl Sagan questiona sobre nossa existência: seríamos uma tentativa viva das estrelas explicarem a si mesmo? Cálcio, ferro, carbono, o que está no universo também está em nós. E você aí, se achando o centro do universo! Isso também traria uma longa reflexão sobre a vida e seus egos (nossos egos). Mas quem sou eu, né? Esse blog está aqui para informar: mitose e meiose são os temas em questão.
O ciclo da vida é o conjunto de transformações que passamos para assegurar nossa continuidade. Mitose e meiose também nos trouxeram até aqui. A mitose regula a divisão das células do corpo e os efeitos de regeneração tecidual. A divisão mitótica normalmente resulta em duas células filhas, cada uma com cromossomos e genes idênticos ao da célula mãe. A meiose ocorre somente nas células germinativas e resulta na formação de células reprodutoras (gametas).
O ciclo celular é caracterizado por duas fases principais: intérfase e divisão celular. A intérfase é o período em que a célula passa a maior parte da vida. Na intérfase a célula pode passar por três períodos distintos: G1, S e G2. As células podem passar horas em G1, outras um longo tempo ou até anos; alguns podem permanecer em G1 para executar suas funções, sendo neste caso esse período denominado de G0. No caso das células que se dividem, G1 é seguido por S, uma fase em que vai ocorrer a duplicação do material genético. No final de S, a célula contém duas cópias do genoma (dobro de DNA). Após a fase S, a célula entra em G2, momento em que se prepara para a divisão celular sintetizando proteínas e substratos necessários para tal.
A mitose é divida em quatro fases principais: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Na prófase inicia-se o processo de condensação dos cromossomos, a carioteca é desmontada e os centrossomos se posicionam em pólos opostos da célula para formar o fuso mitótico. A metáfase é o período de maior condensação cromossômica e os cromossomos se alinham na placa equatorial. Na anáfase as cromátides migram para pólos opostos e na telófase os cromossomos começam a se descondensar e a membrana nuclear começa a se formar ao redor de cada um dos núcleos filhos. Ao final da divisão celular o citoplasma é clivado em um processo conhecido como citocinese.
            A meiose é o processo pelo qual ocorre a formação dos gametas. A duplicação de DNA é seguida por duas etapas de segregação cromossômica: a segregação de cromossomos homólogos (meiose I) e a segregação de cromátides (meiose II). A meiose I é notável devido ao processo de recombinação genética, onde é trocado segmentos homólogo de DNA entre as cromátides de cromossomos homólogos. Isso assegura que nenhum dos gametas produzidos seja igual um ao outro. A meiose II segue a meiose I sem uma etapa intercalada de duplicação do DNA e dessa forma, as células filhas formadas possuem a metade de cromossomos em relação a célula mãe.
                Encerro o texto desse mês com essa figura feita pelos alunos na aula prática que demos da última disciplina Genética Toxicológica da UFPA. Parabéns alunos, a lâmina ficou linda e ajudará divulgar nossa ciência neste espaço.


Figura: Fases do ciclo em células de raiz de Allium cepa (cebola).


Um comentário:

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